Atrasa a entrega de estudo sobre viabilidade de trem entre SP e interior

Marcelo Toledo || Folha de S.Paulo


Previstos para serem concluídos no final do mês passado, os estudos de pré-viabilidade para a implantação do chamado Trem Intercidades ainda não foram entregues.

Se implantado em sua totalidade, o objetivo será atender a chamada Macrometrópole Paulista –o que inclui capital, região metropolitana e cidades como Santos, Sorocaba, Campinas e São José dos Campos. O projeto de implantação do trem já é discutido há pelo menos cinco anos.

Essa região concentra três quartos da população de São Paulo e 80% do PIB (Produto Interno Bruto) paulista.

A proposta inicial, alvo dos estudos em atraso, é ligar São Paulo a Americana, num trajeto de 135 quilômetros e que deve contemplar nove estações, com capacidade de transportar diariamente até 60 mil passageiros.

Questionada sobre o assunto, a assessoria do governo do estado informou somente que “o estudo não foi entregue até o momento”.

Um técnico da Secretaria de Logística e Transportes disse à Folha que a expectativa é que o material seja enviado ao governo até o final de junho.

De acordo com informações divulgadas pelo governo em fevereiro, a intenção era concluir os estudos de pré-viabilidade até maio e, “na sequência, os estudos de viabilidade serão atualizados com as novas premissas e conclusões obtidas a partir dos estudos de pré-viabilidade”.

Naquele mês, o governo paulista assinou autorização para que a Secretaria de Logística e Transportes, por meio do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), contratasse um estudo para desenvolver um novo sistema de transportes para essa vasta região.

O prazo de execução é de 20 meses. Mas, contados 90 dias da assinatura, prazo que venceu em maio, deveriam ter sido disponibilizados estudos sobre a implantação do Trem Intercidades entre a capital e Americana.

Conforme o governo, a meta é “demonstrar tecnicamente a possibilidade do compartilhamento das vias férreas” entre transporte de cargas e de passageiros.

Quando estiver concluído, o estudo será enviado ao governo federal para que sejam definidas as regras de compartilhamento da linha férrea. É preciso que a União libere as linhas sob sua responsabilidade para que os trens de passageiros possam utilizá-las.

A licitação internacional para o projeto custou US$ 6 milhões, o equivalente a R$ 22,36 milhões, ao câmbio da última segunda-feira (11). Ele está sendo desenvolvido pelo consórcio Pró-TL, que é composto por cinco empresas.

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